quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Os Sacos Plásticos

O novo alvo do mundo sustentável, é um velho vilão do meio ambiente: o saco plástico.

Um terço do resíduo(lixo) da nossa casa é composto por embalagens. Na disputa entre plástico e papel, o plástico saiu vitorioso, pois seu processo de produção é mais barato, mas com isso o meio ambiente saiu perdendo.

Sacos plásticos levam um tempo quase que infinito para desaparecer noa aterros sanitários. Se você ainda não visitou um, quando tiver oportunidade, oberse a montanha e verá o colorido e brilhante plástico das sacolinhas, do saco de lixo e de uma infinidade de plásticos utilizados ou reutilizados para colocar os resíduos(lixo).

Em São Paulo , já tem supermercados que cobram R$ 0,05 por cada sacolinha, um preço ainda simbólico. O que importa, porém, é o despertar da consciência de cada um para o problema, que atinge grande parte do mundo. Acostumadas a carregar as compras, as pessoas incorporaram os saquinhos plásticos no cotidiano. Utilizam-se deles para forrar latas e abrigar o lixo doméstico. E aí começa o problema.

Onde não existe a coleta seletiva, todo esse plástico termina em aterros sanitários e lixões a céu aberto, dificultando e impedindo a decomposição de materiais biodegradáveis. A situação poderia ser amenizada se houvesse maior preocupação com a reciclagem do nosso lixo doméstico. Em média, cada saquinho de supermercado que você joga no lixo pode demorar até um século para desaparecer completamente. Só para se ter uma idéia, o Brasil produz anualmente 210 mil toneladas de plástico filme, a matéria-prima dos saquinhos plásticos. E isso representa cerca de 10% do lixo do país.

O tal do plástico filme é produzido a partir do polietileno de baixa densidade, originado do petróleo, não biodegradável, e poluente também durante sua produção. Até por isso, tem bastante gente se mexendo para substituir o produto no mercado. Cientistas brasileiros do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo (IPT/USP) desenvolveram um plástico derivado do açúcar de cana.

O custo é mais elevado, o que atrapalha previsões sobre o alcance do produto. Mas, veja bem, estamos falando de um produto que demora 60 dias para se decompor contra os 100 anos da concorrência. Dessa forma, acredito em uma solução para reduzir custos, já que os materiais produzidos a partir de aditivos ou matérias-primas de origem vegetal podem ser aplicados em sacos de lixo, talheres, pratos, copos, frascos, garrafas, tampas, cobertura para fraldas, luvas descartáveis e até canetas. Algumas empresas já trabalham a todo vapor em outras tecnologias menos nocivas ao meio ambiente.

Há também quem decidiu cortar o mal pela raiz. Em San Francisco, nos EUA, os sacos plásticos serão banidos e substituídos por sacolas de papel reciclado e materiais feitos com goma de milho ou batata. É um bom exemplo para um país que despeja anualmente 100 bilhões de sacos plásticos no lixo. Em Bangladesh, já é proibido fabricar, comprar e, acredite, portar sacos plásticos. Quem desrespeita a lei, pode pagar multa de até R$ 21 e, se for reincidente, ir para a prisão. O que motivou a histeria foram o entupimento de redes de esgotos e as cheias provocadas pelas sacolas.

Na Irlanda, o governo não precisou ser tão radical. Há cinco anos, passou a cobrar imposto por cada sacolinha. A redução hoje chega a 90%, ou a cerca de um bilhão de unidades por ano a menos, uma economia de 18 milhões de litros de petróleo no país, segundo cálculos oficiais. Sem contar que a taxa representa R$ 200 milhões a mais nos cofres públicos por ano, que são revertidos para a preservação ambiental.

Como se percebe, existem várias maneiras de amenizar o impacto dessas sacolinhas plásticas. A conscientização em torno do problema é o primeiro passo. Se puder levar suas compras sem os saquinhos plásticos, não pense duas vezes em dispensá-los. Mais que isso, incorpore a reciclagem no seu cotidiano e não deixe que o vento carregue os sacos para lugares inadequados. Essas medidas, com certeza, já serão de grande ajuda e os frutos serão colhidos lá na frente, entre 100 e 300 anos.

Essa previsão de anos é simbólica, pois depende muito dos materiais utilizados, há resíduos de levam muito mais que isso para decomposição total. O Brasil esta a meu ver, mesmo que engatinhando na reciclagem, num posicionamento muito bom no ranking mundial e na implantação do uso das sacolas ecológicas. Mas é necessário dizer que isso ainda não é o bastante, posto que muitas dessas sacolas ainda não foram feitas com material 100% natural que tenha um uso prolongado e demore pouquissimo tempo para se decompor no meio ambiente.

Mas enquanto isso, meus queridos, vamos fazer a nossa parte, evitando o consumismo, utilizando as antigas sacolas de feira, e claro dando preferência aos produtos orgânicos.

* esse texto teve pesquisa em várias fontes e uma pitada da minha opinião e prática pessoal.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

ORGULHO DE SER AMBIENTALISTA

Por vezes deparo-me com o preconceito, com os tabus, com falta de senso e compromisso.

Numa breve análise do que é um ser ambientalista, a maioria que se entitula ou cria um organismo ambientalista, ainda não se enquadra da maneira correta.

Ser ambientalista é muito mais que cuidar da fauna, flora, ou fazer passeata real ou virtual, levantar bandeiras.

Ser ambientalista é um estado de espírito, é entender a origem das coisas, é como diz a legislaçao de educaçao ambiental, holístico.

Pare por um minuto e faça uma auto-análise, o que você tem feito pelo Meio Ambiente, pelo seu meio, isso mesmo, na sua casa, que postura você tem?

Joga lixo no chão, tudo no mesmo saco e vai acumulando sacolinhas de mercado com tudo misturado, para o dia da coleta comum?

Ainda que tu não tenha o recursode coleta seletiva na sua cidade, pode muito bem, começar uma educaçao, ou melhor uma auto disciplina. Não é fácil, mas nenhuma mudança de hábito é fácil.

Só que quando você se der conta, já estará envolvido e a prática será automática. Lembre-se essa sua atitude gera emprego, gera renda, ajuda familias inteiras, mulheres que lideram famílias.

Ser ambientalista é muito mais que reciclar os resíduos ( esse é o nome correto do lixo), muito mais que não jogar 'lixo'no chão.

Ser ambientalista é ter consciência de que precisamos cuidar da nossa casa, que precisamos ser disciplinados para daí sim, pregar uma mudança externa, ensinar a ser diferente.